Mais eu! Ôh!



Já te odiei tanto e por várias vezes desejei que durasse pra sempre. Era muito louco tudo aquilo porque ao mesmo tempo que eu te queria, eu também desejava deixar de te querer todos os dias.
Lá no fundinho, bem no fundinho, eu tinha noção que sofrer só agrediria a minha autoestima e autoconfiança. Finalmente depois de um longo período de incertezas e inseguranças, desacreditei em nós, e mais uma
vez o teu abraço me envolvia em novas ilusões camufladas de esperanças.
Tudo foi sempre tão intenso e contraditório entre nós naquele tempo, que tive que amadurecer na marra, pra criar defesas. A maturidade me fez enxergar que perder tempo com uma relação sem futuro, me tornaria cada vez mais idiota e refém de alguém que não representava mais felicidade.
Pode ser que um dia eu mude de ideia ou me arrependa de ter ido embora sem dar mais uma chance, digo, mais uma entre tantas que já tinha dado, no entanto, a certeza que tenho hoje, me dá esperanças de novos dias, de novas conquistas e quem sabe, até de novos amores.
Não me iludo mais com palavras, hoje sei exatamente o sentindo do verdadeiro amor, aquele amor feito de atitudes e de conquistas por dia, aquele que permuta parceria e principalmente segurança, aquele que nos faz entender que amar o outro depois de si mesmo, é menos dolorido.

Tenho noção que um amor de verdade não vai cair na minha frente com asas de anjo, mas também não estou indo atrás dele, uma hora dessas ele me encontra pra gente bater um papo cabeça, só que agora o papo rola entre a minha maturidade e o meu amor-próprio e não mais entre o tormento emocional e a carência afetiva.

Hoje, aaah! Hoje eu sou em todas as circunstâncias afetivas, sexuais e "nãoseiquelánãoseiquelá", beeeem mais eu. Ôh! Se sou!


____ Keila Sacavem
         

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