A certeza do Amor

A gente só tem certeza que ama alguém de verdade, quando a gente começa conviver com a pessoa e passa a aceitar suas incompatibilidades como diferenças e não como defeitos.
A gente só tem certeza que ama alguém realmente, quando lidamos ali, no dia à dia, na intimidade. Sacando suas manias e rindo delas ao invés de reclamá-las.
A gente só tem certeza de fato que ama alguém, quando aprendemos a lidar com seus modos "esquisitos" e chatos, não dando tanta importância pra desgastantes "pequenezas". Depois de um tempo passamos a chamar isso de: espaço necessário para ambos.

Quando alguém abre a boca pra falar que ama alguém sem ter convivido com essa pessoa na intimidade, nas dificuldades ou nos perrengues de uma rotina, penso que isso seja falta de maturidade ou carência afetiva, na certeza de que seja alguma coisa que não é amor.

Porque amor, amor mesmo, aquele de verdade, a gente só tem certeza depois da convivência, depois das anulações ou aceitações, depois da compreensão de personalidade, da compatibilidade de valores, da permuta de conceitos e da sensatez das escolhas individuais.

Isso não é uma hipótese pessoal, também não é uma suposição superficial baseada no fantástico mundo de Boby, isso é uma visão ampla de vida.

Isso, é uma experiência universal compactuada por pessoas de todos os estilos de vida, digo, as que convivem com esse fulano chamado amor, sabe que ele não é cheio de florzinhas, que não é só sexo, nem só frases românticas e presentinhos. Que ele não está acomodado somente no coração, ele está também na razão, na vontade de ser feliz.

Amor também dói, ás vezes precisa doer muito para sabermos se somos fortes e maduros o suficiente para suportá-lo. Ele também tem defeito, defeitos que sempre nos arrancam rios dos olhos.

Amar alguém é tão fácil até convivermos com esse mesmo alguém para sabermos que o amor não é uma caixinha pink com laços de poá.
O Amor é uma caixinha com diversos tipos de surpresas, uma delas é a descoberta da nossa própria capacidade para saber lidar com ele.

Ali, todos os dias, no “téte á tete”, “no olho no olho”, no “vamo ver nessa porra” e no “mano à mano” .

A convivência, essa sim nos ensina a suportar, a relevar, a engolir o choro ou a chutar o balde.

____Keila Sacavem

         

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